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Jeremias 36:27-31 Explicação

Jeremias 36:27-31 começa com a conhecida lembrança de que Jeremias não fala por si mesmo, mas está comunicando as palavras de Deus:

Então a palavra do SENHOR veio a Jeremias depois que o rei queimou o rolo e as palavras que Baruque havia escrito sob ditado de Jeremias, dizendo: (v. 27).

Aqui, no versículo 27, o profeta Jeremias (que esteve ativo de cerca de 627 a.C. até depois da queda de Jerusalém, por volta de 586 a.C.) recebe novas instruções de Deus para lidar com a situação terrível criada pelo rei Jeoaquim em Jeremias 36:20-26. Jeoaquim foi o governante de Judá de 609 a 598 a.C. Anteriormente, as palavras de julgamento de Jeremias haviam sido registradas em um rolo por seu escriba, Baruque, mas o rei o destruiu descaradamente. Ao destacar que a mensagem inicial foi escrita sob ditado de Jeremias e depois queimada, este versículo descreve a grave rebelião espiritual presente na corte real de Judá. A Palavra de Deus, porém, não pode ser frustrada por nenhum ato humano, refletindo uma firme resolução de ver Sua verdade preservada ( veja também Mateus 24:35 ).

O ato real de queimar o pergaminho revela o tamanho do desprezo que o rei Jeoaquim tinha pela mensagem de Deus. O papel de Jeremias como profeta para uma nação rebelde demonstra a coragem necessária para proclamar verdades difíceis diante de uma forte oposição. Mesmo que a ação do rei pudesse intimidar homens menos corajosos, Jeremias permanece firme, confiando na certeza de que a palavra de Deus é eterna. Esse evento também serve de advertência ao povo de Judá — especialmente àqueles que testemunharam o ato audacioso do rei — de que rejeitar ou destruir a mensagem de Deus não pode eliminar sua realidade ou autoridade.

Em Jeremias 36:27, vemos a resposta direta de Deus à injustiça e à desobediência. Jeremias está na cidade de Jerusalém, o coração de Judá e o local do Templo, onde a aliança de Deus deveria ser cumprida. Apesar da importância da cidade, seus líderes estão sob o olhar atento de Deus. O SENHOR fala novamente a Jeremias, reafirmando a Sua palavra e reforçando a verdade de que nenhuma resistência pode extinguir a luz que Ele oferece ao Seu povo.

À medida que a passagem prossegue, o SENHOR declara: Tomem outro rolo e escrevam nele todas as palavras que estavam no primeiro rolo, o qual Jeoaquim, rei de Judá, queimou” (v. 28). Esta ordem divina mostra que a mensagem de Deus permanece firme e exige sua restauração imediata. Embora líderes humanos possam tentar apagar as advertências ou promessas de Deus, o SENHOR garante que o que Ele falou será preservado. Nesse sentido, a destruição do rolo original representa um revés temporário, substituído por uma proclamação renovada das mesmas palavras.

O dever de escriba de Jeremias é renovado: ele deve reproduzir a profecia que se perdeu. A Palavra de Deus não está limitada por meios físicos nem pela profanação humana. Assim que a hostilidade do rei se manifesta, Deus instrui Jeremias a continuar proclamando a verdade. Jeremias, que frequentemente enfrentava prisão e ridículo, demonstra lealdade inabalável ao seu chamado profético. Sua obediência está enraizada na fé de que a palavra de Deus tem poder e deve ser fielmente preservada.

Este versículo também ensina sobre resiliência e soberania divina. Apesar de atrasos externos ou tentativas de suprimir a revelação divina, a verdade de Deus prevalecerá no final. Para os crentes que buscam seguir a Deus e proclamar a Sua palavra, este relato oferece encorajamento, mostrando que nossa fidelidade a Ele perdurará além da oposição passageira, levando-nos a confiar que a Sua mensagem é imutável e vivificante (Romanos 1:16).

Então lemos: E a respeito de Jeoaquim, rei de Judá, dirás: Assim diz o Senhor: Queimaste este rolo, dizendo: Por que escreveste nele que certamente virá o rei da Babilônia e destruirá esta terra, e fará cessar dela homens e animais?” (v. 29). Aqui, a razão para o ato furioso de Jeoaquim fica clara: ele rejeita a profecia assustadora de que o rei da Babilônia devastaria Judá. No contexto histórico, a Babilônia era a potência regional dominante em ascensão, e as advertências de conquista não eram meras suposições, mas anúncios terríveis de Deus por meio de Jeremias.

Jeremias 36:29 destaca a resistência do rei ao ouvir que ele e seu povo seriam punidos. Em vez de se arrepender e buscar misericórdia, Jeoaquim se ressentiu do mensageiro e da própria mensagem. Isso demonstra a poderosa interação entre orgulho e negação, onde líderes humanos podem ignorar verdades desagradáveis a um custo altíssimo. Ao focar na iminente invasão da Babilônia, Jeremias revela que a desobediência do povo levou a consequências devastadoras, demonstrando que a aliança de Deus exige uma vida fiel e não mera piedade superficial.

Além disso, este versículo revela a extensão da rebelião de Judá. A queixa do rei sobre a mensagem indica uma recusa categórica em aceitar a correção. Embora a cidade de Jerusalém ainda estivesse de pé, Nabucodonosor, rei da Babilônia, acabaria por chegar, cumprindo as profecias em detalhes excruciantes (2 Reis 24:10-14). Esse confronto entre a arrogância de Jeoaquim e a mensagem persistente de Jeremias nos adverte que rejeitar o conselho divino apenas acelera o julgamento.

Deus continua Sua mensagem declarando: " Portanto, assim diz o Senhor acerca de Jeoaquim, rei de Judá: 'Não haverá quem se assente no trono de Davi, e o seu cadáver será lançado fora, ao calor do dia e à geada da noite'" (v. 30). Para um rei da linhagem de Davi, esta é uma declaração devastadora. A sucessão davídica havia sido um importante pilar de esperança para Judá, ancorada na aliança de Deus com Davi (2 Samuel 7:16). Ouvir que a linhagem de Jeoaquim não perduraria no trono transmitia uma poderosa mensagem de que a bênção de Deus não permanece automaticamente com líderes infiéis.

Para além do fim do legado real de Jeoaquim, um destino vergonhoso, o de ser deixado insepulto, estava predito. O sepultamento adequado e a honra após a morte eram fundamentais na antiga Judá, refletindo dignidade e respeito. Ter seu cadáver exposto aos elementos demonstrava as graves consequências de resistir à autoridade de Deus. Seu grande orgulho encontraria um colapso humilhante. Fiel a essas palavras, o reinado de Jeoaquim terminou em turbulência, e sua deposição ilustrou que nenhum trono está separado da soberania suprema de Deus.

Este versículo desafia a noção de que poder ou linhagem política garantem segurança. Deus avalia os governantes por sua obediência e integridade, não por realizações mundanas. A queda de Jeoaquim contrasta com o futuro Rei davídico — Jesus Cristo — que reina eternamente em perfeita justiça (Lucas 1:32-33). Enquanto o trono de Jeoaquim desmorona, o trono de Cristo permanece para sempre.

Finalmente, o SENHOR proclama: Também castigarei a ele, a seus descendentes e a seus servos por sua iniquidade, e trarei sobre eles, sobre os habitantes de Jerusalém e sobre os homens de Judá toda a calamidade que lhes declarei — mas eles não me deram ouvidos” (v. 31). O alcance do julgamento se estende além do rei, incluindo sua casa e seus oficiais da corte. Isso enfatiza a natureza coletiva da rebelião, visto que muitos participaram ou apoiaram o desrespeito à palavra de Deus. As mensagens de Jeremias destacaram repetidamente que o pecado nacional exige responsabilidade comunitária.

Os habitantes de Jerusalém, cidade localizada no coração do reino do sul de Judá, também enfrentaram o impacto total da calamidade. Historicamente, as repetidas declarações de julgamento feitas por Jeremias foram recebidas com grande rejeição. Embora Jerusalém fosse o local do templo de Deus e profundamente valorizada pelo povo escolhido, a fidelidade à aliança era inexistente. Como resultado, o castigo tornou-se inevitável, cumprindo uma série de advertências anteriores dos profetas.

Ao associar a punição à recusa em ouvir, Jeremias 36:31 contém um princípio bíblico comum: Deus permanece paciente, enviando Sua palavra de correção repetidas vezes. Mas a negligência contínua e os corações endurecidos trazem consigo o Seu julgamento. Os crentes de hoje podem refletir sobre a importância da obediência humilde e da receptividade à mensagem de Deus. Isso também prepara o terreno para um tempo futuro em que os corações serão renovados e restaurados ( Jeremias 31:31-34), apontando, em última análise, para a salvação encontrada em Jesus.

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