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Levítico 3:1-5 Explicação

Em Levítico 3:1-5, encontramos o protocolo para a apresentação de um sacrifício de ofertas pacíficas ao SENHOR. As ofertas pacíficas eram uma expressão de comunhão entre Deus, o adorador e a comunidade por meio do compartilhamento de uma refeição e de um relacionamento harmonioso.

A passagem começa com a declaração: Agora, se a sua oferta for um sacrifício de ofertas pacíficas, se fores oferecer do rebanho, seja macho ou fêmea, o oferecerás sem defeito perante o SENHOR (v. 1). A palavra pacífica aqui é a palavra hebraica “shalom”. Shalom é uma palavra que pode ser definida como “paz”, “integridade”, “harmonia” ou “tudo como deveria ser”. Rashi, um comentarista rabínico do século XI, diz:

As ofertas pacíficas eram assim chamadas porque traziam paz (shalom) ao mundo. Outra explicação é: elas eram chamadas de ofertas pacíficas porque através delas “paz” (harmonia e ausência de inveja) era criada no altar, entre os sacerdotes e entre os ofertantes, já que todos estes recebiam uma porção.”
(Rashi sobre Levítico 1:1)

Essas instruções iniciais em Levítico 3:1-5 só se aplicariam se o animal a ser sacrificado fosse uma vaca ou boi, macho ou fêmea, permitindo flexibilidade ao adorador, significando uma escolha pessoal neste ato de adoração. Mais tarde, em Levítico 3:6-11, Moisés abordará o cenário no qual o sacrifício de ofertas pacíficas seria um cordeiro. Finalmente, em Levítico 3:12-17, instruções são dadas para as ofertas pacíficas de cabras.

A condição de o animal estar sem defeito diante do SENHOR (v. 1b) falava da exigência de pureza e perfeição na apresentação do adorador diante de Deus, prenunciando o sacrifício perfeito na pessoa de Jesus Cristo, que seria sem pecado e que morreria sem ter nenhum de Seus ossos quebrados (2 Coríntios 5:21; João 19:36).

Em um gesto íntimo de conexão, o adorador deveria colocar sua mão sobre a cabeça de sua oferta e matá-la à entrada da tenda do encontro (v. 2). Essa imposição de mãos não era uma mera formalidade; ela simbolizava a transferência da identidade do indivíduo (no caso, da oferta pelo pecado do indivíduo) para o animal inocente.

O ato de matar o animal à entrada da tenda do encontro (v. 2) indicava uma transição do nível físico para o santo (o “separado”), onde a presença de Deus era encontrada. Os filhos de Arão, os sacerdotes, continuavam o serviço borrifando o sangue ao redor do altar (v. 2), significando a santificação e redenção que o sangue representava. O livro de Hebreus afirma que o sangue era sempre necessário para fazer expiação pelo pecado e pavimentar o caminho para o perdão:

“E segundo a Lei, pode-se dizer que todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão.”
(Hebreus 9:22)

As partes mais internas da oferta, a gordura que cobre as entranhas e toda a gordura que está nas entranhas (v. 3), eram designadas ao SENHOR. A palavra hebraica traduzida como gordura também pode ser traduzida como “melhor”, conforme lemos em Números 18:29. A gordura dos animais indicava a abundância de alimentos. Ao sacrificar-se a gordura, havia um processo de devolução da abundância a Deus, enquanto se guardavam as partes nutritivas para o povo.

Além disso, os dois rins com a gordura sobre eles, sobre os lombos, e o lóbulo do fígado (v. 4) também deveriam ser oferecidos. Ao oferecer apenas essas entranhas específicas, a carne comestível restante da oferta serviria de alimento aos sacerdotes e aos ofertantes, desde que fosse comido até o terceiro dia (Levítico 7:15-18).

Essas entranhas queimavam muito rapidamente no altar, já que a gordura é algo altamente inflamável. Isso permitia que muitos sacrifícios fossem oferecidos em um único dia antes da necessidade de se remover as cinzas.

Completando o ritual, os filhos de Arão o oferecerão em fumaça no altar, em cima do holocausto, que está sobre a lenha no fogo; é uma oferta queimada de aroma agradável ao Senhor (v. 5).

A tradição rabínica interpreta a declaração de que a oferta pacífica deveria ser oferecida “no altar sobre o holocausto” como significado de que o holocausto contínuo era o primeiro sacrifício oferecido a cada dia e, portanto, cada grão ou oferta pacífica subsequente era colocado no altar sobre o holocausto.

Os procedimentos para as ofertas queimadas, ou mais literalmente as “ofertas de ascensão”, são apresentados em Levítico 1. A queima dessas ofertas produzia fumaça e descrevia a ascensão da oração, oferta e dedicação do adorador a Deus, um aroma suave que simbolizava a satisfação e a aceitação divinas.

Todos os sacrifícios ocorriam na Tenda do Encontro, também conhecida como Tabernáculo. Era uma tenda sagrada que servia como santuário portátil para a habitação de Deus entre Seu povo. Foi construída pela primeira vez cerca de 500 anos antes do primeiro templo construído pelo rei Salomão, concluído em 957 a.C.

O tabernáculo foi construído pelos filhos de Israel após sua saída do Egito. Depois do pecado do bezerro de ouro, Deus respondeu à oração de Moisés que havia pedido a Deus que perdoasse o pecado do povo e “caminhasse em nosso meio” (Êxodo 34:9) através de uma aliança. O Tabernáculo servia como lugar físico onde a presença de Deus residia (Êxodo 40:34-38).

Êxodo 25-31 detalha o projeto elaborado do Tabernáculo e o uso dos objetos sagrados dentro dele: a Arca da Aliança; a Mesa dos Pães da Proposição; o Candelabro de Ouro; o Altar de Incenso; a Pia de Bronze; e o Altar de Bronze do lado de fora da porta para as ofertas queimadas pelo fogo.

Hebreus 8:5 diz que este Tabernáculo era uma cópia das coisas celestiais. O conceito do Tabernáculo e do Templo como um espaço santificado para a presença de Deus aponta para os corpos dos crentes do Novo Testamento sendo templo ou morada do Espírito de Deus (1 Coríntios 3:16).

O sacrifício de ofertas pacíficas, conforme descrito em Levítico 3:1-5, resume a essência da adoração no antigo Israel. Não era meramente uma transação ou um dever; era um ritual que refletia o relacionamento de aliança entre Deus e Israel - um relacionamento marcado pela paz, companheirismo, harmonia e bênçãos compartilhadas.

Deus prometera que se Israel cumprisse as disposições da aliança/tratado, eles seriam abençoados (Deuteronômio 7:12-14). A consequência prática disso seria uma sociedade baseada no amor o próximo, levando-os à harmonia e colaboração, ou ao “shalom”, paz.

Na narrativa mais ampla das Escrituras, as ofertas pacíficas apontam para a paz e a reconciliação trazida por Jesus Cristo, incorporando a verdadeira e perfeita oferta pacífica que une a Deus e Seu povo eternamente (Hebreus 7:27, 9:12, 10:10). O cordeiro da Páscoa também era um sacrifício de ofertas pacífica. Jesus foi o verdadeiro Cordeiro Pascal morto por nós.

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