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The Blue Letter Bible
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Lucas 5:1-11 Explicação

Os relatos paralelos do Evangelho para este evento estão em Mateus 4:18-22; Marcos 1:16-20João 1:40-42.

Apertado pela multidão que ouvia a palavra de Deus, achava-se Jesus na praia do lago de Genesaré; e viu duas barcas junto à terra; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. Entrando em uma das barcas, que era de Simão, pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e, sentando-se na barca, dali ensinava a multidão (v. 1-3).

Lucas passa da observação ampla sobre Jesus, que havia iniciado Seu ministério público, para um caso específico. Jesus estava caminhando e ensinando a multidão junto ao lago de Genesaré (provavelmente ao redor da cidade de Cafarnaum e/ou das vilas de pescadores de Betsaida).

No Antigo Testamento, quando se falava da Galiléia (o que era raro), a área era chamada de "Quinerete", que uma palavra hebraica que significa "harpa", já que o mar tem a forma de uma harpa (Números 34:11; Deuteronômio 3:17Josué 11:2; 12:3, 13:27; 19:35; 1 Reis 15:20). Às vezes, o Novo Testamento grego o chama de "Genesaré", como neste versículo, a forma grega de "Quinerete" (Mateus 14:34; Marcos 6:53).

O lago também é chamado de "Mar de Tibério" em homenagem ao César que reinou durante a vida adulta de Jesus (João 6:1; 21:1). A cidade de Tiberíades foi fundada por Herodes Antipas e o nome da cidade continua o mesmo na modernidade.

Hoje, o Mar da Galiléia é mais ou menos o mesmo que era na era do Novo Testamento. Ele possui 20 quilômetros de comprimento de norte a sul. O rio Jordão alimenta-se dele e flui dele em cada uma das extremidades. O mar é, na verdade, um lago de água doce com cerca de 13 quilômetros de diâmetro em seu ponto mais largo, com aproximadamente 100 quilômetros de área; sua profundidade máxima é de cerca de 42 metros, com mais ou menos 25 metros de profundidade média. Nos tempos modernos, as colinas orientais com vista para o Mar da Galiléia são chamadas de "Colinas de Golã".

Aparentemente, a multidão estava pressionando em torno de Jesus a tal ponto que Ele sentiu a necessidade de retirar-Se para que poder ensinar de forma mais eficaz. Isso o levou a usar um barco, buscando criar uma plataforma a partir da qual falar.

Lucas continua dizendo que havia dois barcos à beira do lago, mas os pescadores os haviam deixado e estavam lavando suas redes. Um método usado para se lavar as redes de pesca era jogá-las na água para limpá-las. É assim que os relatos evangélicos de Mateus e Marcos descrevem o momento no qual Jesus se encontrou com os irmãos Simão (Pedro) e André (Mateus 4:18; Marcos 1:16). A partir das passagens paralelas de Mateus e Marcos, vemos que pelo menos dois dos pescadores aos quais Lucas estava se referindo eram Simão e seu irmão André.

Por causa da multidão que O cercava, Jesus entrou em um dos barcos, o de Simão, e pediu-lhe que saísse um pouco da terra. Isso deu a Jesus o espaço do qual precisava para falar às multidões sem ser atrapalhado e para que todos pudessem ouvir Sua voz. Depois que Simão moveu o barco para o mar, Ele se assentou e começou a ensinar as pessoas.

Simão, juntamente com Tiago e João, se tornaria um dos discípulos mais próximos de Jesus ao longo de Seu ministério terreno. O apelido de Simão era Pedro e é por esse apelido que ele passaria a ser mais conhecido. Pedro é a versão aportuguesada da palavra grega "rocha" ou "pedra", "Petros". O apelido de Jesus não “pegou” totalmente neste momento, porque Lucas ainda usa o nome hebraico dado a Simão, em vez do nome Pedro, pelo qual Simão ficaria mais conhecido.

Na medida em que o Evangelho de Lucas avança, o autor usará o apelido Pedro com  mais frequência (e Simão com menos frequência) em suas referências gerais sobre esse discípulo. Pedro também é, às vezes, referido como "Cefas", que também significa "pedra" (João 1:42).

O nome hebraico “Simão” significa "ouvir".

O apelido de Simão é apropriado. As rochas são duras. Pedro era um cabeça dura. Às vezes para o bem, às vezes para o mal. Por exemplo, logo após confessar que Jesus era o Messias, o Filho de Deus, Pedro tira Jesus de lado e o repreende por dizer que iria morrer (Mateus 16:16, 22).

A personalidade de Simão era extrovertida e impulsiva - o que o levaria a vários fracassos espetaculares. Mas, Pedro também seria usado por Deus de maneiras inspiradoras (Atos 2:14-40). Apesar de sua cabeça dura e de seus fracassos, Jesus amava a Pedro e levaria esse pescador da Galiléia a fazer grandes coisas por Seu Reino. O destemor de Pedro seria uma força usada por Deus para bons propósitos.

Pouco se sabe sobre o irmão de Simão, André. Ele é mencionado pelo nome apenas algumas vezes nas Escrituras. No Evangelho de João, lemos que André foi discípulo de João Batista, que, tendo ouvido falar de Jesus, começou a segui-Lo (João 1:35-40). Pelo relato de João, André buscou seu irmão Simão, dizendo: "Encontramos o Messias" (João 1:41). Quando André levou Simão a Jesus, "Jesus olhou para ele e disse: Tu és Simão, filho de João; sereis chamados Cefas' (que traduzido é Pedro)" (João 1:42). Seu encontro anterior aparentemente ocorreu fora do distrito da Galiléia (João 1:43), provavelmente perto do local onde João Batista estava. Isso provavelmente ocorreu logo durante Seu retorno à Galiléia (Lucas 4:14) depois que Jesus saiu do deserto, onde  jejuou por quarenta dias e foi tentado pelo diabo (Lucas 4:1-13).

O que fazer com o relato de João em comparação com o de Mateus, Marcos e Lucas? Jesus parece ter conhecido Simão e André antes de chegar a Cafarnaum. Pelo relato de Marcos, podemos ver os irmãos Tiago e João na casa quando Jesus cura  a sogra de Simão (Marcos 1:29). De acordo com a linha do tempo de Lucas, isso significaria que Jesus havia encontrado todos os quatro homens antes de Seu ensino às margens do lago. Já haveria uma familiaridade e companheirismo entre Jesus e os dois pares de irmãos antes que Ele lhes revelasse mais de Sua verdadeira identidade nos versículos seguintes.

Os diferentes arranjos e ordens desses eventos entre os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas provavelmente equivalem à narrativa de Mateus e Marcos em ordem temática, enquanto Lucas as narra em ordem cronológica (Lucas 1:1-3).

Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para a pesca. Disse Simão: Senhor, tendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; porém, sobre a tua palavra, lançarei as redes (v. 4,5).

O pescador experiente informa a seu novo amigo (Jesus) que aquele não era o melhor momento para pescar e que eles não haviam tido sucesso algum na noite anterior. Eles provavelmente estavam cansados, desanimados e não queriam repetir o processo meticuloso de limpar e guardar suas redes outra vez.

Isso teria sido algo humilhante com a multidão de espectadores assistindo da costa. Depois de aparentemente desabafar sua frustração, Simão diz: "Sobre a tua palavra, lançarei as redes". Ele obedece ao mestre que havia milagrosamente curado sua sogra da febre (Lucas 4:38,39).

Feito isso, apanharam uma grande quantidade de peixe; e as redes rompiam-se. Acenaram aos seus companheiros que estavam na outra barca, para virem ajudá-los; eles vieram e encheram ambas as barcas, a ponto de começarem elas a afundar (v 6,7).

Depois de recolherem suas redes, eles saíram para águas mais profundas e voltaram a pescar. Para espanto de Simão, as redes ficaram tão cheias de peixes que ele precisou pedir ajuda para carregá-las para o barco antes que as redes se rompessem. O peso dos peixes que eles haviam pego foi suficiente para encher os dois barcos e ambos ameaçavam afundar. Algo notável!

Mas, vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Pois, à vista da pesca que haviam feito, a admiração apoderou-se de Pedro e de todos os seus companheiros, bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de ora em diante, serás pescador de homens (v. 8-10).

Lucas descreve que o espanto tomou conta de Simão e de todos os seus companheiros por causa da quantidade de peixes que eles haviam pego. Pedro havia dito que pescar naquele local e naquele momento era inútil. Portanto, eles interpretaram aquele evento como mais um milagre.

É neste ponto que Simão percebe a autoridade de Jesus e pede que Ele se afaste: "Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador". Depois de testemunhar o milagre da cura de Jesus em sua própria casa e agora o milagre da grande pesca, Simão Pedro compreende, corretamente, que seu Mestre tinha poder sobre a criação terrena e também deveria ter autoridade sobre o pecado.

Ao mesmo tempo, Simão também reconhece suas próprias falhas e insuficiências à luz de quem Jesus era. Simão vê sua própria indignidade ser associada ao Senhor por ser um pecador. Ao entender isso, Simão sente-se humilhado. Humildade é ver a realidade como ela é. Em seu espanto, Simão vê a realidade de Jesus e de si mesmo com grande clareza.

Jesus assegura a Simão: "Não temas; de ora em diante, serás pescador de homens". Os Evangelhos de Mateus e Marcos também relatam que Jesus deu a André, e provavelmente a Tiago e João, uma mensagem semelhante (Mateus 4:19; Marcos 1:17). Jesus disz àqueles pescadores que, se deixassem suas redes e O seguissem, eles seriam pescadores dos corações e almas dos homens.

Os irmãos Zebedeu, Tiago e João completam o trio mais próximo de Jesus juntamente com Simão Pedro. Eles pareciam estar sempre por perto e eram barulhentos. O nome de seu pai, Zebedeu, significava "dom de Deus", embora Jesus mais tarde os apelide de "Filhos do Trovão" (Marcos 3:17). A certa altura, os "Irmãos Trovão", para irritação de seus companheiros, fazem com que sua mãe peça a Jesus que os escolha para assentar à esquerda e à direita Dele quando Ele inaugurasse Seu Reino. Ao pedirem para se assentarem à Sua direita e esquerda, eles estavam pedindo para serem os próximos no comando (Mateus 20:20-24). Tiago seria o primeiro dos doze discípulos a ser martirizado, executado por Herodes Agripa I (Atos 12:1-2).

João era o irmão mais novo de Tiago. Ele era provavelmente o mais jovem dos discípulos. Ele se tornaria o autor do Evangelho de João e de três epístolas curtas (1 João, 2 João, 3 João). Já velho e exilado na ilha de Patmos, João recebe visões e escreve o Livro do Apocalipse.

Eles, levadas as barcas para a terra, deixando tudo, seguiram-no (v. 11).

Depois de voltarem para a costa com os dois barcos a ponto de afundar, Lucas diz que eles deixaram tudo e seguiram a Jesus. Isso significa que eles deixaram seus negócios e assuntos comerciais e pessoais para seguir a Jesus. Mateus reforça este ponto usando o advérbio "imediatamente", antes de dizer que eles deixaram suas redes e O seguiram (Mateus 4:20). Deixar as redes era um eufemismo para deixar tudo, mostrando que eles nem mesmo tiveram tempo de descarregar (e vender) aquela grande quantidade de peixes. Depois de testemunharem o poder e a autoridade de Jesus, esses quatro homens estavam prontos para segui-Lo e se tornariam Seus primeiros discípulos.

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