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The Blue Letter Bible
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Marcos 5:35-43 Explicação

Os relatos paralelos do Evangelho para Marcos 5:35-43 são Mateus 9:23-26 e Lucas 8:49-56.

Marcos 5:35-43 descreve o milagre dramático de como Jesus ressuscitou a filha de Jairo, o oficial da sinagoga.

Jesus estava a caminho para socorrer a filha doente de Jairo, um oficial da sinagoga em Cafarnaum (Marcos 5:22-24), mas, ao passar pela multidão que o apertava, uma mulher com hemorragia estendeu a mão silenciosamente, crendo que tocar em Suas vestes a curaria (Marcos 5:25-27) e no momento em que ela tocou as vestes de Jesus, foi instantaneamente curada (Marcos 5:29).

Jesus fez uma pausa e perguntou quem o havia tocado, quando a mulher se aproximou e confessou tudo, Ele a tranquilizou, afirmando que sua fé a havia curado (Marcos 5:30-33).

Em Marcos 5:35-43, Marcos retorna ao relato da missão urgente de Jesus à casa de Jairo.

Enquanto Jesus dava as melhores notícias da vida daquela mulher de fé, Jairo estava prestes a ouvir as piores notícias da sua vida.

Ele ainda falava, quando vieram pessoas da casa do chefe da sinagoga, dizendo a este: Tua filha já morreu; por que incomodas mais o Mestre? (v. 35)

A frase "Ele ainda falava" refere-se ao momento em que Jesus se dirigia à mulher de fé (Marcos 5:34), enquanto Jesus assegurava à mulher que sua fé a havia curado, mensageiros chegaram da casa de Jairo com notícias devastadoras.

A palavra "pessoas" refere-se aos mensageiros que vieram da casa de Jairo, o chefe da sinagoga, aparentemente, mais de uma pessoa veio dar a Jairo a notícia difícil.

A mensagem de cortar o coração que eles transmitiram a Jairo foi: “Tua filha já morreu”. Jairo correu para encontrar Jesus, esperando que Ele pudesse curar sua filha antes que fosse tarde demais.

Da perspectiva dos mensageiros, já era tarde demais, enquanto Jairo lutava para processar sua dor avassaladora, o mensageiro tentou guiá-lo para o próximo passo lógico: dispensar Jesus. Ele disse a Jairo: "por que incomodas mais o Mestre?"

O mensageiro referiu-se a Jesus como "O Mestre", destacando Seu papel como mestre da Lei e da sabedoria divina. Este título pode ter sido usado para, respeitosamente, minimizar Suas habilidades de cura milagrosa. Independentemente disso, o mensageiro claramente não acreditava que Jesus tivesse o poder de ressuscitar a filha do oficial da sinagoga - caso contrário, ele não teria aconselhado Jairo a dispensá-Lo.

Jairo tinha fé que Jesus poderia curar a doença de sua filha, como fizera com muitas outras pessoas, incluindo a mulher com a hemorragia de doze anos, mas agora que sua filha havia morrido, a situação (da perspectiva dele) provavelmente havia mudado. Ele veio pedir a Jesus que a curasse, não que a trouxesse de volta dos mortos.

Jesus, sem atender a essas palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente. (v. 36).

Quando Jesus ouviu a notícia de partir o coração e a sugestão dos mensageiros de parar de perturbá-Lo, Ele encorajou o atordoado Jairo: “Não temas, crê somente”

Jesus permaneceu inabalável diante da notícia da morte da menina. Ele não se perturbou com a morte dela, pois não estava preso à finalidade da morte. Jesus é o autor da vida (João 1:4). Ele veio para derrotar a morte.

Jesus tranquilizou Jairo, instando-o a não temer, mas a crer. Apesar da trágica notícia da morte de sua filha, Jesus prometeu que, se Jairo tivesse fé, sua filha seria curada.

Tendo acabado de ver o poder da fé na cura da mulher com hemorragia, Jairo foi encorajado por Jesus a crer também. Assim como a fé havia curado a mulher, Jesus garantiu a Jairo que sua fé traria a cura de sua filha.

Jesus voltou para casa com o pai aflito (Lucas 8:51a). Marcos continua sua narrativa quando Jesus chegou à casa de Jairo:

Não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. (v. 37)

Pedro testemunhou esse milagre em primeira mão, mais tarde, ele o relatou a Marcos como parte de seu testemunho. Marcos, apoiando-se nas memórias vívidas de Pedro, registrou o evento com detalhes e ênfase impressionantes. Essa conexão reforça a credibilidade e a imediatez do relato, baseando-o na experiência de uma testemunha ocular de autoridade.

Apesar da grande multidão que seguia Jesus, provavelmente desde o Seu retorno da Decápolis (Marcos 5:21), Ele permitiu apenas que alguns poucos O acompanhassem à casa do chefe da sinagoga. Além dos três discípulos, Lucas também inclui o pai e a mãe da menina como aqueles a quem Jesus permitiu entrar e/ou permanecer (Lucas 8:51). (Marcos também concorda com este ponto no versículo 40).

Jesus optou por manter esse milagre em segredo por enquanto, permitindo que apenas três de Seus discípulos mais próximos entrassem na casa com Ele: Pedro, Tiago e João. Além disso, Lucas indica como Jesus, naturalmente, permitiu que o pai e a mãe da menina entrassem na casa e/ou permanecessem lá (Lucas 8:51).

Marcos descreve a cena quando eles chegaram na casa:

Tendo eles chegado à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus um alvoroço e os que choravam e faziam grande pranto; (v. 38).

Na cultura judaica antiga, era costume contratar enlutados profissionais que choravam e lamentavam os mortos. O fato de a menina estar morta há tempo suficiente para que os enlutados se reunissem sugere que ela já estava ausente há algum tempo. A cena era repleta de barulho e caos, com enlutados e músicos criando uma atmosfera barulhenta e triste. Marcos descreveu a cena como uma comoção, com os que choravam e faziam grande pranto.

Mateus acrescenta que tocadores de flauta estavam presentes, contribuindo para a cacofonia do ritual de luto (Mateus 9:23). O som das lamentações e da música refletia o profundo desespero em torno da morte da menina.

Toda essa comoção de choro, lamentação e toque de flauta teria criado uma atmosfera caótica de luto. Jesus, porém, ordenou que cessasse.

E, tendo entrado, disse-lhes: Por que fazeis alvoroço e chorais? A menina não está morta, mas sim dormindo. (v. 39)

Jesus ordenou aos enlutados que parassem de chorar, explicou que a menina não havia morrido, mas apenas dormia. Embora fosse óbvio, pelos relatos e pelos enlutados, que a menina de fato havia falecido, a declaração de Jesus poderia ter sido uma referência ao milagre que Ele estava prestes a realizar, ou talvez Ele estivesse minimizando a situação para atrair mais atenção para Si, o que poderia distraí-los de Sua missão como o Messias.

Riam-se dele. (v 40).

A multidão de enlutados abandonou o personagem e riu de Jesus quando Ele disse que a menina não estava morta, mas dormindo. Eles começaram a rir de Jesus porque, com base em seu próprio conhecimento e experiência, a menina havia morrido, A afirmação de Jesus de que ela estava apenas dormindo parecia ignorante ou absurda para eles, pois tinham certeza de sua morte.

O riso deles provavelmente foi uma resposta zombeteira, ridicularizando a afirmação de Jesus. Também expôs a insinceridade dos enlutados profissionais, que fingiam estar de luto em uma situação em que sabiam que a morte da menina era uma certeza.

Então Jesus ordenou que todos na casa saíssem, exceto os três discípulos que Ele havia trazido consigo e os pais da menina.

Tendo, porém, feito sair a todos, ele tomou consigo o pai, e a mãe da menina, e os que com ele vieram e entrou onde estava a menina. (v 40).

Os evangelhos não fornecem uma explicação explícita para o motivo pelo qual Jesus permitiu que apenas Pedro, Tiago, João e os pais da menina estivessem presentes durante o milagre. Eles simplesmente indicam como apenas essas cinco pessoas testemunharam o que Jesus estava prestes a fazer. As razões para esse momento privado serão exploradas mais adiante no comentário.

Com todos fora de casa, Jesus realizou um milagre maravilhoso: Ele trouxe a menina de volta à vida.

Tomando-a pela mão, disse-lhe: Talita cumi, que quer dizer Menina, eu te digo: levanta-te. Imediatamente, ela se levantou e começou a andar, pois tinha doze anos. Então, eles ficaram sobremaneira admirados. Jesus recomendou-lhes expressamente que ninguém o soubesse e mandou que lhe dessem a ela de comer. (v. 41-43).

Todos os três evangelhos paralelos afirmam que Jesus a tomou pela mão (Lucas 8:54; Mateus 9:25b).

Marcos preserva as palavras aramaicas de Jesus - a língua falada na época - como uma citação direta e memorável de Pedro, que foi testemunha ocular deste evento notável. Em aramaico, Jesus disse "Talita cumi". Marcos então traduz para seus leitores romanos o que Talita cumi significa. Traduzido, Talita cumi significa: "Menina, eu te digo, levanta-te!"

Lucas simplesmente oferece a versão traduzida do que Jesus disse para seu público.

Lucas, que era médico (Colossenses 4:4), relata o que Jesus disse como “Criança, levanta-te!” - as palavras de Jesus trouxeram o seu corpo morto de volta à vida,

“Voltou o seu espírito, e ela se levantou imediatamente e ele mandou que lhe dessem a ela de comer.”
(Lucas 8:55)

O evangelho de Lucas é o mais explícito ao afirmar que a menina voltou à vida, porque seu relato é o único a especificar que o espírito da menina retornou a ela por ordem de Jesus.

Como médico, Lucas pode ter demonstrado interesse profissional nesse fato.

A morte física ocorre quando o espírito de uma pessoa se separa do seu corpo. Esta menina havia experimentado a morte física porque seu espírito se afastou do corpo - mas Jesus a restaurou à vida quando disse: "Menina, levanta-te!" e o seu espírito retornou ao seu corpo (Lucas 8:55a).

O espírito dela retornou instantaneamente quando Jesus disse isso. Ele é o Grande Médico. E quando o espírito dela retornou, ela imediatamente se levantou (Lucas 8:55a).

Marcos nos conta que a menina imediatamente se levantou e começou a andar, e que Jesus disse que lhe dessem de comer. O fato de ela ter comido depois de ressuscitar demonstra que a filha de Jairo não apenas foi trazida de volta à vida, mas também recuperou completamente a saúde. O fato de ela ter comido e andado demonstra sua recuperação completa.

As testemunhas ficaram imediatamente atônitas, mas Jesus lhes deu ordens expressas para que ninguém soubesse disso.

Este milagre foi impressionante! Não só restaurou uma filha amada à sua família, como também demonstrou a autoridade divina de Jesus sobre a própria morte.

Apesar das muitas pessoas do lado de fora que sabiam da morte da menina e logo a veriam viva, Jesus instruiu o pequeno grupo de testemunhas a não contar a ninguém o que havia acontecido. Este poderia ter sido um momento para demonstrar publicamente Seu poder divino, mas Ele optou por manter os detalhes do milagre em segredo.

Embora Jesus tenha instruído as testemunhas a manter o milagre em segredo, Mateus relatou: “Esta notícia espalhou-se por toda aquela terra” - referindo-se à Galileia e além (Mateus 9:26).

Jesus pode ter desejado manter em segredo sua capacidade de ressuscitar os mortos, a fim de evitar mal-entendidos sobre sua missão. Se se espalhasse a notícia de que Ele tinha poder sobre a morte, muitos judeus poderiam tê-lo declarado imediatamente o Messias e esperado que Ele liderasse uma rebelião contra Roma, alinhando-se às suas expectativas políticas em vez de ao seu verdadeiro propósito.

A missão de Jesus não era derrubar sistemas políticos, mas cumprir a vontade de Seu Pai (João 4:34, 5:30, 6:38; Lucas 22:42). Ele veio para vencer o pecado e a morte, não Roma. Ao manter Seus milagres discretos, Ele evitou as expectativas equivocadas das pessoas, que poderiam ter tentado desviá-Lo de Seu propósito final: sofrer, morrer e ressuscitar para a salvação do mundo.

Este milagre foi uma prévia da maior ressurreição que Jesus veio trazer: vida eterna para todos os que creem nele.

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