
O Salmo 55:4—8 é atribuído a Davi, que reinou como Rei de Israel de aproximadamente 1010 a 970 a.C. e escreveu muitos salmos expressando sua confiança em Deus. Nele, o profundo tormento interior do orador é vividamente retratado. Ele confessa: O meu coração confrange-se dentro de mim, e terrores de morte caem sobre mim (v. 4). Essa linguagem transmite um medo desesperado que se apodera do ser interior, ilustrando como as provações da vida podem pesar sobre o coração. Nessas palavras, o salmista reconhece suas fragilidades mortais ao enfrentar eventos que ameaçam sua vida ou que são profundamente perturbadores, nos lembrando de que mesmo aqueles que caminham perto de Deus podem experimentar a pressão avassaladora do medo.
Continuando, ele lamenta: Temor e tremor são vindos sobre mim, e acabrunha-me o horror (v. 5). Aqui, o salmista acumula uma emoção perturbadora sobre a outra, mostrando os sintomas físicos e emocionais de profunda angústia. Isso expõe como pessoas piedosas ainda podem lutar contra o tremor e o pavor quando assoladas por circunstâncias terríveis ou traição. No Novo Testamento, os crentes são encorajados a confiar na segurança de Deus apesar das provações (João 14:27), refletindo o anseio sincero de Davi por encontrar refúgio além de sua turbulência.
Então ele exclama: Disse eu: Oxalá que eu tivesse asas como pomba! Então, voaria e descansaria (v. 6). Essas palavras retratam um anseio por escapar da calamidade presente, expressando em termos poéticos como o escritor deseja poder simplesmente se livrar de seus problemas. As pombas, conhecidas por sua natureza dócil, simbolizam paz e tranquilidade. Ao desejar as asas de uma pomba, Davi mostra que sua solução ideal para essas tristezas é o afastamento completo delas, embora, em última análise, ele saiba que somente Deus traz a paz definitiva (Filipenses 4:7).
Mais do que simplesmente fugir, o salmista resolve: Eis que eu fugiria para longe; eu pousaria no deserto. (Selá) (v. 7). A menção do deserto evoca as regiões acidentadas e isoladas que circundavam o antigo Israel - um lugar inóspito, porém livre dos conflitos da vida urbana. Esse desejo por um refúgio solitário reflete a inclinação humana de fugir das pressões em vez de enfrentá-las. Contudo, mesmo no deserto, figuras bíblicas como Moisés e Elias descobriram que a presença de Deus não abandona o Seu povo em lugares solitários.
Finalmente, o salmista declara: Apressar-me-ia a um abrigo do vento tempestuoso e da procela (v. 8). Aqui, a ênfase muda para um tom mais urgente, destacando uma partida rápida para um lugar de abrigo. A imagem da tempestade transmite forças incontroláveis que ameaçam engolfar a vítima. Ao descrever esses perigos como uma tempestade, Davi sublinha seu profundo senso de perigo. Contudo, ao buscar refúgio, ele confia na segurança suprema que o Senhor proporciona, apontando para a certeza e o descanso que Jesus oferece a todos os que creem nele (Mateus 11:28).
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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