The Bible Says
Apocalipse 6:3-4 Explicação

Apocalipse 6:3-4 descreve a vinda do segundo cavaleiro do apocalipse.

O rolo revelado em Apocalipse 5 está sendo progressivamente aberto pela quebra de uma série de selos. Isso é feito pelo Cordeiro, Jesus, o único em todo o céu, na terra e debaixo da terra, que foi considerado digno de quebrar os selos e abrir o rolo (Apocalipse 5:3-5). Há sete selos no rolo, e cada vez que o Cordeiro quebra um selo, o conteúdo do rolo será revelado. Uma história então ganha vida, e João assiste à cena da sala do trono de Deus.

Agora, o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi a segunda criatura vivente dizendo: Vem! (v. 3). Esta é mais uma da quatro criaturas viventes aos quais fomos apresentados em Apocalipse 4:6-8, como servos do trono de Deus. Na seção anterior, um dos quatro seres invocou o primeiro cavaleiro.

Agora, o segundo ser vivente fala com o segundo dos quatro cavaleiros e o instrui a vir. Parece que cada ser vivente invocará um dos quatro cavaleiros e também dará a esse cavaleiro sua autorização celestial para agir na Terra.

Esses cavaleiros são comumente chamados de "os quatro cavaleiros do apocalipse" e são apresentados individualmente nos quatro primeiros selos, um cavaleiro em cada selo. A palavra apocalipse vem do grego "apokalyptica", que significa "descobrir". Quando você descobre algo, você revela o que está por baixo.

Com a quebra do segundo selo,outro cavalo, vermelho, e ao que estava montado sobre ele, foi-lhe dado que tirasse da terra a paz e que os homens se matassem uns aos outros. Foi-lhe entregue uma grande espada (v. 4).

O primeiro cavalo era branco e "foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para vencer" (Apocalipse 6:2). Cada cavalo tem uma cor diferente, e cada cavaleiro receberá um item diferente e autoridade para realizar uma determinada ação. No caso do segundo selo, o cavalo que sai é vermelho e o cavaleiro recebe uma grande espada, juntamente com a autoridade para que tirasse da terra a paz e que os homens se matassem uns aos outros (v. 4).

Assim como no caso do primeiro cavaleiro que recebeu uma coroa, isso ressalta ainda mais que somente Deus tem a capacidade de conceder autoridade sobre tais assuntos. Aqui, Deus concede autoridade para que alguém tire a paz da Terra. Parece paradoxal que Jesus, o "Príncipe da paz" (Isaías 9:6), esteja autorizando que a paz seja tirada da Terra. Mas veremos que isso faz parte do julgamento de Deus sobre a Terra. A maldade será julgada e substituída pela justiça.

A primeira vez que Deus derramou Sua ira sobre a Terra de forma significativa foi na forma do dilúvio de Gênesis, e isso foi feito para limpar a Terra da violência:

“A terra estava corrompida diante de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne tinha corrompido o seu caminho sobre a terra. Disse Deus a Noé: Hei resolvido dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que eu os farei perecer juntamente com a terra.”
(Gênesis 6:11-12) 

Deus destruiu a Terra com um dilúvio porque ela estava cheia de violência, e Deus não fez a Terra cheia de violência. O plano de Deus era que a Terra fosse governada pelos humanos em harmonia com Deus, a natureza e uns com os outros (Salmo 8, Hebreus 2:5-9). No entanto, o plano de Deus foi corrompido pelo pecado e pela rebelião. Agora, o julgamento de Deus está sendo novamente desencadeado sobre a Terra.

O primeiro cavaleiro recebeu autoridade para conquistar. Este cavaleiro traz guerra à Terra, fazendo com que os homens se matassem uns aos outros. Isso faz com que a Terra retorne à mesma condição básica em que se encontrava antes do julgamento de Deus, que a inundou com água. Naquele tempo, a Terra se encheu de violência (Gênesis 6:11). Foi devido a essa corrupção generalizada que Deus julgou a Terra. Essa violência generalizada parece ser tanto um julgamento do Senhor quanto um prelúdio para que a Terra seja novamente purificada da injustiça.

Podemos inferir que essa matança em massa está relacionada às atividades de conquista do primeiro cavaleiro. O primeiro cavaleiro aparentemente só se importava com uma coisa: conquistar. Portanto, é consistente que as atividades do primeiro cavaleiro preparassem o caminho para o segundo, à medida que as pessoas se voltam umas contra as outras e são levadas a matar umas às outras.